SAVANA NATHÁLIA DIZ QUE ESTÁ ARREPENDIDA DO QUE FEZ COM JOELSON

“Ora por mim? Peça para Deus me ajudar?”. Assim, Savana Nathália Barbosa da Cruz, de 25 anos, suplica pelo perdão e conta como participou do assassinato do técnico em informática Joelson Sousa, num quarto de um motel na BR-316.

As confissões da “Viúva Negra”, como ficou batizada pela polícia, de dentro do Centro de Recuperação Feminino (CRF), conseguidas com exclusividade pela equipe de jornalismo da RBATV e veiculadas ontem (16), mostram como ela arquitetou o crime em companhia de seu namorado, Raimundo Nonato Ferreira dos Santos.

Com aparente fragilidade e choro frequente, Savana Nathália tenta reconstituir como ela e o comparsa conduziram a trágica história do falso triângulo amoroso que envolveu Joelson.

No cárcere e longe da mídia, Savana se mostra arrependida: “Eu não consigo comer e dormir (...) Sei que não deveria ter agido dessa forma, mas Deus sabe como eu era antes de tudo isso acontecer. Sempre fui uma excelente pessoa, do tipo que poderia morrer por um amigo”.

 
CLICK ABAIXO E VEJA TODO O RELATO DE NATALIA
MOLESTADA

Em dado momento Savana Nathália cai aos prantos, tenta conter o choro e retoma o relato sobre sua conturbada relação familiar. Segundo ela, aos nove anos de idade foi molestada sexualmente pelo seu padrasto. “Isso foi um dos motivos de ter me afastado dos meus familiares e começado a morar sozinha. Ainda lembro o dia em que ele (o padrasto) me violentou, mas isso é algo que tentei superar e não deixei mexer com a minha vida”.

Diferente do que se poderia imaginar sobre o grau de instrução da “Viúva Negra”, ela revela durante a gravação, ter iniciado o curso superior de filosofia, porém não concluiu.

Em relato, Savana conta como durante uma viagem de férias iniciou a paixão pelo maranhense Raimundo Nonato Ferreira dos Santos. “Ele (Raimundo Nonato) era mototaxista em Macapá e durante uma corrida que ele havia feito para uma amiga, Nonato me viu e pediu para que me entregasse um bilhete dizendo que queria me conhecer. Mas como não gosto de homem ‘atirado’, mandei dizer que não queria conhecê-lo”, disse. “Mas, depois nos encontramos e me apaixonei”.

CASADO

Segundo ela, na capital do Amapá, Raimundo Nonato era casado e pai de dois filhos, mas conforme a relação paralela com ela foi ganhando fôlego e estabilidade, o maranhense teria chegado a prometer em breve um fim à relação com a esposa e então oficializar o namoro. “Eu me arrependi de conhecê-lo, ele (Raimundo Nonato) me fez sofrer, fui traída por ele”, afirma.

Em relação a Joelson, a “Viúva Negra” afirma que o primeiro contato pessoal com Joelson foi feito no dia do crime. “Dentro do Motel, foi a primeira vez que vi pessoalmente Joelson. Antes conversávamos sempre pela internet, em poucas ocasiões nos falávamos por telefone”.

POR QUE ELE MORREU?

A verdadeira motivação dos autores do crime que entristeceu a todos, segundo Nathália Savana, foi enganar Joelson. Foi a partir dos R$ 2 mil enviados por Joelson à “Viúva Negra” que o plano começou.

Segundo ela, o dinheiro fácil teria despertado o interesse de Raimundo Nonato para iniciar um golpe com objetivo de enganar o técnico e tirar alguns proveitos.

O CRIME

Sobre o crime, Savana atribui a culpa e a ação brutal toda ao “amado”, Raimundo Nonato. “Foi Nonato que matou e esquartejou Joelson”, afirma. “Isso seria feito para facilitar a retirada do corpo de dentro do motel, mas as coisas não ocorreram como imaginávamos”, expõe. “Não tinha coragem de ver ele (Raimundo Nonato) cortar o corpo de Joelson”, diz.

Após o crime, o primeiro a sair foi Raimundo Nonato, que pediu um táxi e levou, embrulhada dentro de um saco, a cabeça de Joelson. Dez minutos depois, saiu Savana em outro táxi, apanhando o namorado às margens da rodovia e seguiram para o Terminal Rodoviário, em São Brás.

Sobre a cabeça de Joelson ter sido jogada em uma lixeira em frente a uma loja na BR-316, Nathália fala que chegou a perguntar ao seu companheiro, mas ele respondeu: “Já resolvi tudo”. Em seguida, ela diz que preferiu não perguntar mais detalhes sobre o destino dado à cabeça da vítima.

DOL