O dia mais importante da história do Pará está chegando. E com a proximidade do plebiscito, confesso que me ocorre um sentimento que é um misto de angustia e incerteza. O que está reservado pra nós?
As propagandas do SIM, apesar de serem mais consubstanciadas, não refletem com exatidão que o novo estado significa ESPERANÇA, diante de séculos de esquecimento e inércia Estatal. Já as propagandas do NÃO, a seu turno, se preocupam apenas com a questão territorial e materialista do “é meu e ninguém toca”, trazendo como principais apelos o tacacá e o mangueirão despidos de seus ingredientes e componentes arquitetônicos, respectivamente. Somos muito mais que isso. Somos gente, somos povo e nossos anseios são maiores que tudo isso.
Me entristece ver o caráter eminentemente político e demagógico por trás das propagandas, notadamente do NÃO. Quanta demagogia barata, “precisamos nos unir e não dividir”. Francamente, conversa fiada que não passa de retórica eleitoral, muito comum nos pleitos eleitorais regulares (eleições gerais – majoritário/proporcional).
Eu amo o Pará e todas suas peculiaridades. Tenho orgulho de ser paraense. E é por esse amor que acredito que o melhor, diante de séculos de ingovernabilidade, seja a divisão do Estado. Uma vez que o sentimento de divisão repousa justamente na ESPERANÇA de um novo estado com expansão territorial menor, gerando a expectativa de melhor governabilidade, ocasionando, por conseguinte, crescimento econômico/social.
As minhas convicções não passam pelo direcionamento ou exatidão dos números. Passam pela vivência, pelo conhecimento de causa. Viver aqui na região do Tapajós (Santarém) não é nada fácil. Não sentir a presença, a “mão” protetora/assistencial do Estado aqui é o que nos motiva a lutar por um Estado mais próximo e presente, que só será possível com a divisão do Estado.
Mas, não condeno os amigos/irmãos da capital que são adeptos/simpatizantes do NÃO. Eles não moram aqui, não vivem aqui. Portanto, sua grande maioria não conhece nossa realidade. E como não sabem, não tem como acreditar que a divisão pra gente significa ESPERANÇA, dias melhores, potencialmente falando.
Dizer NÃO também é legítimo. E respeito isso. Respeito quem não quer a divisão. Mas, é importante saber o porquê do anseio pelo SIM. Agora propagar o NÃO com base na existência de oportunistas adeptos do SIM é argumento inconsistente. Ou acham que os políticos que defendem o NÃO também não tem interesses pessoais/político/partidários?
Meus caros, o que não faltam são oportunistas de plantão e políticos mal intencionados. Estão defendendo a bandeira do SIM ou do NÃO pensando somente no seu futuro político, pouco importando o verdadeiro anseio popular. O que querem, verdadeiramente é no futuro dizerem pra seus eleitores: “vocês lembram que eu defendi a não divisão do Estado do Pará...”; “vocês lembram que eu defendi a criação do Estado do Tapajós/Carajás...”.
Francamente, poucos (políticos) se salvam! Mas, esse não é o cerne da questão e nem nossa preocupação no momento. A hora de avaliar nossos futuros representantes será depois. O importante é pensarmos no agora e no que é melhor pra nós. Somos donos desse chão e a nós cabe decidir. SIM para a esperança, ou NÃO para o continuísmo.
Por derradeiro, a título de informação, esclareço que minhas convicções, passam precipuamente, pela certeza de que a divisão não fará mal ao Pará (Novo Pará). Se assim o fosse, de nada valeria melhorar determinada região em detrimento do enfraquecimento de outra. Mas não, creio de forma veemente no fortalecimento e melhor governabilidade de todos os três novos Estados.
O nosso futuro está em nossas mãos. Como donos desse chão vamos decidir o que entendemos ser melhor pra nós. Que seja feita a vontade do povo e de Deus.
Edenmar Machado, advogado, paraense de Santarém.
Meu voto é NÃO, não pode ser de outra maneira, este desenho é Ilegal, porque não Tinha ninguem para defender o Parazinho,a proposta do Pará com 17% do Território é uma Piada, com não é só posso chamar de Proposta Imoral.
ResponderExcluirPela Ganancia, por quererem tudo pra sí,e que vão perder, está é a questão principal, foi tudo pra voces e nada pra nós.
Pergunto voces topam um desenho onde o Pará fica com 66% do Território, o Tapajos com 17% e o Carajás com 17%, se toparem eu faço campanha pela Divisão..
Os separatistas anunciam aos 4 ventos que dividindo o Pará em três, fica bom, se fosse ser observado só o numero de unidades federativas os recursos seriam os mesmos, entretanto haveremos de convir que entram em observação os fatores população, com base em: IDH, Renda per capita; Percentual de unidades de conservação e áreas indígenas; PIB; e saneamento básico. Quanto a saúde e educação, muito são focados, pelos separatistas, são seguimentos da administração pública alem da estadualização são municipalizadas, razão pela qual as administrações municipais/prefeitos não podem ficar esperando apenas pelas ações governamentais, e sim irem aos ministérios em busca de convênios (os chamados recursos Fundo-a-Fundo) e assim desenvolver ações de qualidade em seus municípios.
ResponderExcluirNão podem pensar que os governos estaduais ou federal, estão em seus gabinetes com uma equipe de pai-de-santo no sentido de adivinhar o que está faltando neste ou naquele município, para isso os prefeitos não podem ter "EU"quipe, e sim equipe, no sentido de elaborar projetos com justificativas consistentes.
Nestas disposições dizemos que o alavancar para o desenvolvimento de uma região carece também do ombrear dos gestores municipais, desde que estes tenham responsabilidade para com o uso do dinheiro público, e não usar como enriquecimento ilícito - e estes que não faltam.
Temos visto empresários falidos, ou pessoas que não tiveram êxito financeiro em sua vida profissional, buscam na política, através de mandatos eletivos recomporem ou construírem patrimônios, que jamais amealhariam na vida profissional, depois os governadores são que não prestam.
Se não, vejamos, como exemplo: segundo a VEJA, a Vale repassou R$ 700.000.000,00(setecentos milhões de reais) de royalty, para prefeitura de PARAUAPEBAS, entretanto a cidade de Parauapebas sofre com saneamento e acima de tudo com falta de água, se fosse um prefeito responsável com o dinheiro público aquela verba toda daria para implantar um micro-sistema de abastecimento de água em cada esquina, com relação a saúde naquele município, os munícipes daquele município - os que dispõe de alguns recursos-, vão até ao hospital da Vale, no sentido de resolver suas situações de saúde, isto tudo porque o município não dispõe de um atendimento digno de ser usado pelo povo daquela municipalidade, é este tipo de administrador que colabora para a miséria, a falta de educação, saúde, e a falta de bem-estar de um povo.
Em Breves o prefeito que antecedeu Xarão Leão, tivera um mandato de oito anos, empresário falido, buscou na política a recomposição de seu patrimônio, ao mesmo tempo aditar outros bens, que jamais teria se não tivesse um mandato eletivo.
Um exemplo de respeito para com o dinheiro público são dois prefeitos do Marajó, região pobre, mas gestores, como Xarão Leão, em Breves, e Odimar Salomão / Mazinho, em Afuá, tem demonstrado espírito municipalista e ardor comunitário, e nesse sentido desenvolvido uma gestão de grande e positiva repercussão naquela região, razão pela qual dia 11 de dezembro, DIGA NÃO A DIVISÃO DO PARÁ, E VOTE 55 / PESSOA