O plebiscito de hoje vai mostrar um Pará dividido em três, mesmo que sejam derrotadas as propostas de criação dos Estados de Tapajós, no oeste, e Carajás, no sul - o cenário mais provável, segundo admitem os próprios separatistas.
Não há dúvidas de que a proposta de separação sairá vitoriosa por larga margem nas áreas que formariam novas unidades autônomas na Federação. É o eleitorado de Belém e arredores, muito mais numeroso, que deve impedir a separação - o que pode amplificar a sensação de "marginalidade" dos moradores das demais regiões do Estado.
A campanha mostrou que as áreas periféricas do Pará não se sentem economicamente atendidas pelo governo, nem são culturalmente identificadas com a capital. Mas Carajás e Tapajós também têm pouco em comum - são dois separatismos muito diferentes.
O sul, cuja "capital" é Marabá, é uma área de colonização recente, que começou a inchar a partir da construção da rodovia Transamazônica, nos anos 70, e que continua a atrair imigrantes. Tem hoje uma elite que veio de fora e que vê na criação de um Estado a oportunidade de ganhar influência política e gerenciar a exploração dos recursos naturais abundantes na região.
O oeste, por sua vez, tem uma população com raízes de mais de 300 anos e uma história de diversos conflitos com o poder central. Há registros de debates sobre a criação da Província de Tapajós já no século 19. Santarém, a principal cidade da região, tem muito mais vínculos com Manaus do que com Belém.
Enquanto Carajás vislumbra um boom de investimentos em mineração siderurgia e agronegócio, Tapajós tem como principal aposta de viabilidade econômica repasses de recursos federais.
Não há dúvidas de que a proposta de separação sairá vitoriosa por larga margem nas áreas que formariam novas unidades autônomas na Federação. É o eleitorado de Belém e arredores, muito mais numeroso, que deve impedir a separação - o que pode amplificar a sensação de "marginalidade" dos moradores das demais regiões do Estado.
A campanha mostrou que as áreas periféricas do Pará não se sentem economicamente atendidas pelo governo, nem são culturalmente identificadas com a capital. Mas Carajás e Tapajós também têm pouco em comum - são dois separatismos muito diferentes.
O sul, cuja "capital" é Marabá, é uma área de colonização recente, que começou a inchar a partir da construção da rodovia Transamazônica, nos anos 70, e que continua a atrair imigrantes. Tem hoje uma elite que veio de fora e que vê na criação de um Estado a oportunidade de ganhar influência política e gerenciar a exploração dos recursos naturais abundantes na região.
O oeste, por sua vez, tem uma população com raízes de mais de 300 anos e uma história de diversos conflitos com o poder central. Há registros de debates sobre a criação da Província de Tapajós já no século 19. Santarém, a principal cidade da região, tem muito mais vínculos com Manaus do que com Belém.
Enquanto Carajás vislumbra um boom de investimentos em mineração siderurgia e agronegócio, Tapajós tem como principal aposta de viabilidade econômica repasses de recursos federais.
Agência Estado
Tenho minhas dúvidas sobre esta eleição. Não me lembro de perguntarem aos goiasno se queriam separar, até pq a parte mais rica do estado ficou com o estado do Goiás, mas aqui é diferente...A parte que menos rende dinheiro é o que será o estado do Pará. Pra que os políticos que hoje dirigem o estado do Pará vão querer essa separação?Com que dinheiro eles sustetaram a família, de onde desviaram verba já que terá "pouco" dinheiro para sustentar tanta gente. As galinhas dos ovos de ouro estão pedindo libertação, não queremos mais ser formigas sustentando a cigarra. Cheeeeeeeeeeeeeega, quero 77.
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