MÃE É CONDENADA A 48 ANOS DE PRISÃO EM MANAUS POR TORTURAR, ESTUPRAR E MATA A FILHA DE 2 ANOS

 MÃE DE ANA VITÓRIA É CONDENADA A 48 ANOS PELA MORTE DA FILHA

O julgamento aconteceu no Fórum Henoch Reis (Aleixo, Zona Centro-Sul) e durou cerca de dez horas e em alguns momentos a condenada se emocionou. Durante os depoimentos, Kelly assumiu que batia na filha, mas que isso não teria causado a morte da criança

A dona de casa Kelly da Silva Ramos, 24, foi condenada pela Justiça, nesta sexta-feira (16), a 48 de prisão pela morte da filha Ana Vitória Ramos Mata, de apenas um ano e oito meses. O crime aconteceu no dia 7 de março do ano passado. A defesa vai recorrer da sentença.

O julgamento aconteceu no Fórum Henoch Reis (Aleixo, Zona Centro-Sul) e durou cerca de dez horas e em alguns momentos a condenada se emocionou. Durante os depoimentos, Kelly assumiu que batia na filha, mas que isso não teria causado a morte da criança.

A Corte do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (Tjam) condenou Kelly pelos crimes de estupro de vulnerável, homicídio qualificado por meio cruel e outros agravantes.

Francisco Jeferson, o pai da vítima, foi ouvido na condição de testemunha. Porém, por falta de provas, ele deixou de ser acusado no caso.

Relembre o caso

À época, o laudo preliminar expedido pelo Instituto Médico Legal (IML) apontou que no momento da morte, a menina apresentava hematomas por todo o corpo, como costas, pernas e cabeça, e sinais de mordidas nas mãos, dedos e barriga.

Ela também apresentava uma ruptura hepática - ou seja, estava com o fígado “estourado”. Outras marcas foram encontradas em seu corpo referentes à violência sexual, como ferimentos graves e extensos na vagina e no ânus e, ainda, quadro de anemia aguda e sinais de estrangulamento na região da boca e do maxilar.

Os sinais de agressão tinham “datas” diferentes, ou seja, a menina foi agredida mais de uma vez ao longo de determinado período de tempo. A agressão só foi descoberta porque a mãe da criança a levou a menina já falecida para a unidade infantil do Pronto-Socorro João Lúcio, o Joãozinho, no bairro São José, Zona Leste.

A equipe médica plantonista identificou os sinais de agressão e acionou a polícia rapidamente. No depoimento preliminar Kelly explicou que a criança sofria de problemas no coração e desmaiou durante o banho. Já o pai afirmou que notou hematomas na barriga da filha e que pretendia procurar um médico dias depois.

Fonte: A Crítica e Blog do Espalha Brasa