Não adianta caçar as bruxas, procurar culpados e apontar erros pelo
insucesso eleitoral nas plebiscitárias de domingo passado (11) pela
divisão territorial do Pará criando duas novas unidades federativas, a
do Tapajós e do Carajás. Com ausência de milagre os resultados não
trouxeram surpresas a parte esclarecida da população, mais de 1 milhão e
meio de votos faziam a diferença e não havia meios de suplantar.
Vitórias esmagadoras do Sim ou Não nos 144 municípios funcionaram para
ambas as partes. Valeu a lição e mostra aos políticos locais,
independente de sigla partidária, do melhor caminho para atingir nosso
objetivo (estado) é lutar pelo desenvolvimento econômico da região,
tendo como meta a implantação de uma Área de Livre Comércio em Santarém,
conclusão das rodovias Transamazônica e Santarém/Cuiabá, construção ou
ampliação do Porto, energia de Tucurui aos municípios da Calha Norte,
hidrelétrica de Belo Monte e a revisão das áreas tidas como de
preservação ambiental, hoje impedindo a retirada de riquezas de nosso
subsolo, como ocorre com a Mineradora Rio Tinto, descobriu o minério
“bauxita” e não pode explorar. Municípios do oeste paraense não podem
ser eternos dependentes do Pará, o que não ocorre com os do sul do
Estado, graças a existência na área de um dos maiores pólos minerais do
mundo. O que é bom para os políticos, capazes de correrem atrás de
aviões, vorazes em conquistar mandatos e poder de mando, não é bom para a
população.
Ronaldo Campos, ex-prefeito de Santarém
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