quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

PLEBISCITO: VALEU A LIÇÃO

Não adianta caçar as bruxas, procurar culpados e apontar erros pelo insucesso eleitoral nas plebiscitárias de domingo passado (11) pela divisão territorial do Pará criando duas novas unidades federativas, a do Tapajós e do Carajás. Com ausência de milagre os resultados não trouxeram surpresas a parte esclarecida da população, mais de 1 milhão e meio de votos faziam a diferença e não havia meios de suplantar. Vitórias esmagadoras do Sim ou Não nos 144 municípios funcionaram para ambas as partes. Valeu a lição e mostra aos políticos locais, independente de sigla partidária, do melhor caminho para atingir nosso objetivo (estado) é lutar pelo desenvolvimento econômico da região, tendo como meta a implantação de uma Área de Livre Comércio em Santarém, conclusão das rodovias Transamazônica e Santarém/Cuiabá, construção ou ampliação do Porto, energia de Tucurui aos municípios da Calha Norte, hidrelétrica de Belo Monte e a revisão das áreas tidas como de preservação ambiental, hoje impedindo a retirada de riquezas de nosso subsolo, como ocorre com a Mineradora Rio Tinto, descobriu o minério “bauxita” e não pode explorar. Municípios do oeste paraense não podem ser eternos dependentes do Pará, o que não ocorre com os do sul do Estado, graças a existência na área de um dos maiores pólos minerais do mundo. O que é bom para os políticos, capazes de correrem atrás de aviões, vorazes em conquistar mandatos e poder de mando, não é bom para a população.

Ronaldo Campos, ex-prefeito de Santarém

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