O modelo Daniel, expulso do BBB12 na noite de ontem por “comportamento inadequado”, nas palavras de Pedro Bial, ou como “estuprador”, na boca do povo, pode ser classificado oficialmente como negro. Ou pardo. Ou até branco. Mas dificilmente poderá alegar que a cor da pele já tenha lhe causado qualquer tipo de embaraço ou prejuízo profissional. Provavelmente, seu tipo físico, na sua atividade, abre mais portas do que fecha.
Mãe de Daniel diz que filho foi vítima de "racismo".
A também modelo Monique Amin, pivô da expulsão de Daniel, está no BBB12 para fazer exatamente o que se espera dela: exibir seus atributos físicos, seduzir, protagonizar romances de edredom e, se não for possível faturar o prêmio de R$ 1,5 milhão, posar para revistas masculinas do lado de fora da casa. É uma mulher como muitas outras que já passaram pelo BBB e não uma “chave de cadeia”, como definiu a mãe de Daniel.
Estava lá para ser violentada? Evidente que não. Foi estuprada? Ninguém sabe. Bebeu além da conta? Certamente, sim. Mas o que aconteceu naquela cama, aparentemente, pode ser considerado previsível, tendo sido consensual ou não.
O que torna o BBB um programa tão popular é o seu caráter de tribunal de exceção. O ser humano, sim, gosta de julgar o caráter e o comportamento do seu semelhante. Há quem goste de julgar Daniel (“covarde”, “estuprador”), Monique (“vadia”, “sem-vergonha”) ou até a Globo (“imoral”, “racista”). No curto período do ano em que o BBB toma o centro das discussões nacionais, a vida se transforma num grande paredão.
O que há de anormal?
Mas, afinal, o que é o BBB, se não uma oportunidade para que gente comum, anônima, ganhe uma bolada, faturando um dinheiro que dificilmente ganharia em situações normais?
Para os homens que levam o prêmio, é uma chance para enriquecer precocemente, sem a necessidade de maiores esforços. Para as mulheres, o prêmio é até dispensável, pois a simples participação no BBB já garante o cachê de revistas masculinas e o ingresso em books exclusivos de programas noturnos. E há ainda as honrosas exceções dos “brothers” ou “sisters”, que revelam outros talentos e se transformam em personalidades do “mainstream” da sociedade, como o deputado Jean Wyllys, ou a atriz Grazi Massafera.
Mas, na essência, quem se dispõe a participar do programa abre mão de qualquer pudor para enriquecer, seja com um capa de revista, um prêmio milionário ou um processo judicial contra a Globo por racismo.
Não, Daniel não é negro. Monique também não é santa. E talvez Pedro Bial tenha razão: “O amor é lindo”.
Por Leonardo Attuch, do Brasil 247:
eu acho q ele deve voltar afinal não foi extrupo
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