quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

BISPO DO XINGU AFIRMA QUE USINA DE BELO MONTE VAI INUNDAR ALTAMIRA

O início das obras de construção da Hidroelétrica de Belo Monte, em Altamira, causou preocupação na população ribeirinha e religiosos daquele Município. A Prelazia do Xingu destaca que acompanha com preocupação as obras da Usina, principalmente no que diz respeito a inundação que Altamira poderá sofrer com a conclusão empreendimento.

Há poucos meses, uma medida provisória foi autorizada pelo governo federal para desapropriar as terras que serão utilizadas para a construção da Usina. A medida provisória prevê a construção da obra, no rio Xingu, Município de Altamira, no limite com Anapu.

Desde o início da implantação dos canteiros da obra, a Usina divide opiniões em relação aos impactos ambientais e sociais que poderá causar na região, além da desconfiança da população sobre a produtividade de energia elétrica, para o País.

Em audiências públicas, autoridades e representantes da Sociedade Civil Organizada discutiram a implantação da obra, com relação às terras que serão desapropriadas, além das comunidades ribeirinhas e indígenas e a população que será atingida na construção da usina.

De acordo com o bispo da prelazia do Xingú, Dom Erwin Krautler, o governo federal deveria dar mais importância ao que pensa a população que mora na área impactada. Ele garante que várias comunidades indígenas serão afetadas e, que parte da cidade de Altamira será inundada, conforme dados relevados pelo governo.

“Quando se discutia a construção da Usina, estive frente a frente com o presidente Lula. Ele disse que Belo Monte será construída, nem que para isso o projeto tenha que ser enfiado goela abaixo”, revelou o religioso.

Para Dom Erwin, hoje, o governo federal, por meio da presidenta Dilma Rousseff, deveria dar satisfação do que irá ser feito após a construção da usina e de como a população atingida será remanejada. “O governo impõe a construção de Belo monte, sem dar voz à própria população da região afetada. Se a construção de mais barragens de Belo Monte for concretizada e o projeto de mais usinas no rio Tapajós for implantado, os impactos serão enormes na região”, alerta

Fonte: RG 15

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