sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

SANDRO LOPES DIZ: "EXISTE MUITA COISA CAMUFLADA NO PANTERÃO"

Na tarde de quarta-feira, dia 4, um clima bem diferente, dos dois primeiros dias de 2012. A equipe técnica e jogadores aguardando o ônibus para a tarde de treino, no município de Belterra, Oeste do Pará.

Na sala da presidência do clube, o diretor de futebol da Junta Governativa, Sandro Lopes, reorganizava as atividades e contabilizava algumas perdas que o impasse resultou. Ele recebeu nossa equipe de reportagem e falou sobre alguns fatos que estão acontecendo com o clube. “O reflexo de quem ficaria ou não com a direção do São Raimundo resultou na perda de uma patrocinador do Estado de São Paulo, confecções de camisas para o Rai x fran, no dia 14 de janeiro e entre outros andamentos do clube”, disse Sandro.

Alinhar os ânimos no clube do Pantera só foi possível após interferência judicial no caso. Na tarde de terça-feira, dia 3, a juíza Betânia de Figueiredo Pessoa Batista, através de Medida Cautelar, reconduziu a volta da Junta Governativa à direção do time alvinegro.

Arrombamento da sede: Os agravantes deram início no último final de semana. Uma reunião do Conselho Deliberativo autorizou o retorno do presidente Rosinaldo do Vale, na sexta-feira, dia 30 de dezembro de 2011. Seguido da acusação de arrombamento na tarde do último domingo, dia 1º de janeiro. Nesse dia uma confusão foi formada na sede do clube alvinegro, quando Rosinaldo do Vale, acompanhado dos ex-dirigentes Jardel Guimarães e Júnior Tapajós, baseados na decisão do Conselho, tendo à frente o conselheiro Silvio Tadeu, entraram nas dependências da sede do time alvinegro.

Sandro Lopes esclareceu que doze conselheiros requereram o retorno de Rosinaldo, e nem todos eram titulares. E deixou de ser feita a votação dessa decisão em Assembléia Geral. Diz que essa tomada de decisão em entrar na marra no clube veio em decorrência do presidente não querer prestar contas. “Desde a saída de Rosinaldo, quando foi licenciado e depois retirado da direção do clube, deixou de fazer esses acertos e nem pelo Conselho Fiscal que analisa a prestação de conta. O Conselho Fiscal convoca o Conselho Deliberativo e vota, caso esteja tudo certo. Mas, se algum conselheiro tiver alguma objeção, pede para ser revisto”, informou Sandro Lopes.

Ele fez uma estimativa da receita recebida pela direção do Rosinaldo do vale. “De maio de 2011 a julho de 2011 entraram através do banco, a média de R$ 516 mil. Não temos esses dados aqui. Conseguimos enxergar por estimativa uma aplicação de custos iniciais de R$ 150 mil, usados para viagens a Macapá. Isso estimando, nós não temos documentos. No período de janeiro de 2007 a agosto de 2011, não são precisos esses dados, mas ocorreu uma movimentação no clube de mais 4 milhões. Isso nós sabemos que passou por aqui e só pode ser constatado com a prestação de conta. Não tem outra maneira de ver”, declarou.

Quanto a possibilidade da Conselho Deliberativo recorrer na decisão da Juíza, Sandro Lopes diz que a Junta Governativa tem plena convicção disso. “Eles podem recorrer, mas dificilmente o Desembargador vai analisar o pedido sem ouvir a Juíza. E a decisão dela foi clara, porque a ação é uma Liminar. Temos 30 dias para entrar com a ação principal. Mas, além dessa Ação Liminar, tem mais duas correndo na Justiça. E deu para entender na decisão da Juíza, que enquanto tiver discussão na Justiça, não pode ter outro movimento aqui”, finalizou Sandro Lopes.

Por: Alciane Ayres

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