sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

E AGORA LIRA MAIA?

Em junho de 2010, o jornalista Jeso Carneiro divulgou que os ex-prefeitos Isaías Batista (Juruti), Aprígio Silva (Rurópolis), Aracy Bentes (Almeirim), Benigno Reges (Itaituba), Edilson Botelho (Itaituba), Eduardo Azevedo (Jacareacanga), Gerson Campos (Porto de Moz), José Mario de Souza (Óbidos), Leon Bouillet (Aveiro), e Zericé Dias (Rurópolis) – todos do oeste paraense – tinham algo em comum: a probabilidade de não serem candidatos de acordo com a lista que tinha sido entregue ao TCU (Tribunal de Contas da União), naquele ínterim. Esta lista somente iria vingar se a Lei da Ficha Limpa fosse aprovada.

Com a lei da Ficha Limpa agora constitucional (desde ontem) é possível legitimar através do voto somente aqueles candidatos que possuem um passado limpo, ou seja, nada que desabone sua conduta moral. Foi como uma luz no fim do túnel para o fortalecimento da democracia, além da plenitude do exercício da cidadania. É preciso comemorar. Não apenas pelos candidatos que ora não podem mais se eleger, mas principalmente porque essa lei direciona um novo animo de moralizar a coisa publica fato tão irrelevante nos últimos tempos.

Essa lista divulgada há dois anos tem 1.157 nomes de políticos que tiveram suas contas rejeitadas nos últimos 08 anos. Do Pará são 421. Além dos que foram acima citados estão também na lista negra da região Antonio Geraldo Lazarini e Arnoldo kayabi Ribeiro do município de Uruará; Ariosvaldo Pereira Rebelo de Juruti; Benigno Olazar Reges e Reginaldo Brindeiro Maia de Aveiro; Francisco Osmildo Santiago de Placas; Alfredo Ribeiro de Carvalho de Faro; Mariosvaldo Paes da Costa e Mauricio Bastazini de Altamira; Waldecy Jose de Matos do Trairão; Raimundo Carlos Figueiredo Bentes e Raimundo Lino Lobato de Itaituba.

Como a Lei é constitucional, resta saber se vai ser aplicada em toda a sua plenitude. Mas uma coisa é certa, se a população teve a coragem de impor através de 1, 3 milhões de assinaturas para ver um pais mais limpo da corrupção política que começa com a eleição de candidatos fichas sujas, deve também impor que seja devidamente honrada. 

Gerciene Belo, jornalista

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