domingo, 18 de março de 2012

CONSTRUTORA MELLO DE AZEVEDO DÁ CALOTE NO ESTALEIRO GAMBOA EM SANTARÉM

Em agosto do ano passado, o estaleiro Gamboa foi contratado pela construtora Mello de Azevedo para construir cinco balsas que servirão de atracadouros para as embarcações do futuro porto que está sendo construído na antiga área da Tecejuta, no bairro da Prainha. Os serviços, no entanto, só tiveram início cinco meses depois da contratação, mais precisamente no último dia 1º de fevereiro deste ano. O prazo dado pela empresa à Mello era de cinco meses para que os flutuantes ficassem prontos e assim mais uma etapa do terminal hidroviário fosse concluída. No último dia 7, porém, os serviços foram suspensos e sem previsão de quando eles serão retomados. Foi o que constatou esta semana o blog Quarto Poder no canteiro de obras. Em conversa com um trabalhador, ele informou que toda atividade foi paralisada pela direção do estaleiro, que alega falta de materiais para dar continuidade à construção das balsas. A suspensão se deu, além da falta de materiais, também pelo atraso no pagamento do salário dos trabalhadores. A responsável pelo pagamento da empresa é a construtora Mello de Azevedo. 


A construção das balsas metálicas só teve início este ano e um mês depois de os serviços terem sido iniciados, eles já estão suspensos por falta de dinheiro. No ano passado, quando era questionada sobre a demora na conclusão do terminal, a prefeita Maria do Carmo sempre justificava dizendo que o atraso se dava justamente pela fabricação dos flutuantes. Estranho, pois pelo que se pode constatar, esse trabalho só começou no último dia 1º de fevereiro e já está parado. Ainda segundo informações fornecidas pelo operário do estaleiro Gamboa, no dia 7 de março, a direção da empresa comunicou à construtora Mello de Azevedo que teria de parar todos os serviços, pois faltavam materiais. A construtora teria alegado que não poderia sanar o problema, pois aguardava a liberação de verba do Departamento Nacional de Transportes (Dnit). “Foi o que nos informaram quando decidiram parar com os trabalhos. A gente está com nosso salário atrasado e nem a Mello e muito menos a Prefeitura assumem o compromisso com a empresa”, confidenciou o operário do estaleiro. 

O QP tentou contato com a direção da empresa Gamboa, mas ninguém quis se pronunciar a respeito do assunto. No escritório da construtora Mello de Azevedo os responsáveis também se negaram a dar qualquer esclarecimento, atribuindo a responsabilidade à Prefeitura. 

O secretário Inácio Corrêa foi procurado, porém, sua assessoria de imprensa informou que ele não estaria disponível e marcou com um engenheiro, mas esse contato também não foi possível. 

Conforme constatação feita pelo QP, apenas 30% dos serviços de construção das balsas foram concluídos. Por esse serviço o estaleiro Gamboa deve receber cerca de R$ 1 milhão e 700 mil. 

Esse atraso está prejudicando ainda mais a conclusão do terminal hidroviário, que já extrapolou todos os prazos limites para sua conclusão, que era de dez meses, conforme consta na placa indicativa da obra. Ainda há muito a ser feito e o prédio erguido está praticamente abandonado. As ruas estão tomadas por mato e já há vários trechos necessitando de reparos na camada asfáltica, além disso, não se nota a presença de nenhum trabalhador no local, o que acentua a paralisação total dos trabalhos de construção do porto. 

Na construção das balsas trabalhavam pelo menos 35 pessoas, sendo 20 empregadas diretamente e outras 15 indiretas.

NOTA DO BLOG DO JK: Esse é o governo do PT em Santarém. GULOSO 

Fonte: Blog Quarto Poder

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