quinta-feira, 10 de maio de 2012

COVARDIA NO PARAZINHO: IDOSO DE 73 ANOS É AGREDIDO EM SUPERMERCADO EM BELÉM

Foi uma atitude covarde”, disse o contador aposentado Roberto Troccollis dos Santos, 73 anos, que foi agredido pelo corretor Rui Claudino de Vasconcelos Romariz dentro de um supermercado, em Belém. O idoso foi arremessado contra o chão do estabelecimento e sofreu fraturas no pulso e no braço, ficou com hematomas na cabeça e sofreu uma grave lesão na bacia. Agora, o idoso depende de uma cadeira de rodas para se locomover. De acordo com o delegado de polícia Eliezer Machado, Rui Claudino será indiciado por lesão corporal grave e ainda será enquadrado de acordo com o que estabelece Estatuto do Idoso.

O ato de violência aconteceu no último dia 27 de abril, depois que a vítima se recusou a fazer o serviço de declaração do Imposto de Renda do corretor, que até agora não pagou pelo mesmo serviço realizado no ano passado. Testemunhas afirmam que o agressor se enfureceu e partiu para cima do idoso, que trabalhou a vida toda como contador profissional e, mesmo depois de ter se aposentado, sempre foi procurado por alguns clientes, que o contratavam unicamente para fazer o serviço de declaração de Imposto de Renda. Este trabalho é feito em sua própria casa.

No ano passado, o corretor Rui Claudino o procurou para realizar tal tarefa e assim o aposentado fez. No entanto, até hoje não recebeu pelo serviço. De acordo com a vítima, este ano o corretor o procurou novamente para “contratá-lo” para o mesmo serviço. Troccollis se recusou de imediato, uma vez que ainda não tinha recebido a remuneração do ano anterior.

No último dia 27, os dois se encontraram novamente, desta vez em um supermercado localizado no centro da cidade, próximo ao Edifício Manoel Pinto da Silva, por volta das 11h. “Ele me questionou se não ia fazer mesmo a declaração do IR dele este ano. Falei que não, porque ele não pagou nem o que fiz no ano passado. Daí ele partiu para cima de mim”, relatou o idoso.

Testemunhas ouviram os gritos de Rui que ameaçavam o idoso. “Eu vou te quebrar todinho”, relatou uma testemunha durante o depoimento, ontem, na Seccional da Cremação, onde o caso foi registrado.

Troccollis só lembra quando o agressor, que tem uma grande estatura, chegou perto dele e empurrou com força. Ao cair no chão, o idoso bateu com a cabeça e desmaiou. Por ter caído por cima do braço, fraturou o pulso e o antebraço. A bacia também sofreu uma lesão. Para piorar a situação, com a queda houve uma ruptura na vesícula e no baço.

Em depoimento, testemunhas afirmaram que, mesmo o idoso estando inconsciente no chão, Rui ainda queria seguir adiante com as agressões, mas foi segurado por funcionários do estabelecimento.

O idoso deixou o supermercado em uma ambulância seguindo para a Clínica dos Acidentados, em Belém, onde foi submetido a uma cirurgia para colocar pinos de platina no braço. De acordo com os médicos, o aposentado deverá ser submetido a mais uma cirurgia nos próximos dias.

O filho de Troccollis, Delson Santos, disse que o idoso passou dois dias em coma no hospital por conta do baque que sofreu na cabeça.

Para o delegado Eliezer Machado, o idoso foi vítima de violência gratuita e brutal. “Como um homem grande (do porte de Rui) empurra um idoso, sabendo que na idade em que o seu Troccollis está (73) os ossos estão mais frágeis?”, observou. Ele vai indiciar o corretor por lesão corporal grave, uma vez que a vítima é um idoso.

O AGRESSOR
A reportagem tentou estabelecer contato com o agressor, mas até o fechamento da matéria não obteve êxito. No entanto, o jornal reforça que está à disposição de Rui Claudino para que ele possa se pronunciar sobre o caso.

Delson informou que o corretor é conhecido e que já tinha contratado Troccollis para fazer o serviço em anos anteriores. “O advogado dele (Rui Claudino) já compareceu à delegacia e disse que o cliente está disposto a arcar com as despesas médicas, mas não é isso que queremos, até porque eu tenho condições de cuidar do meu pai. Quero apenas que seja feita justiça pela agressão que ele cometeu contra um idoso”, assinalou.

DOL

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