Veja bem meus queridos leitores, onde eles foram se reunir, no Boulevard Hotel, num salão nobre, com ar refrigerado de dar tremelique, água gelada, cafezinho e som de primeira - por que não foram se reunir na beira do Juá, no sol quente, tomando água do lago e café feito na chiculateira? Como requer a cultura bestial natureba.
Uma tolice! Assim vejo esse alvoroço besta sobre o loteamento Buriti na Rodovia Fernando Guilhon. Esse projeto ousado é uma conquista do povo de Santarém, que não pode passar centenas de anos condenado a crescer a base de favela.
Desde a colonização tem sido assim. O colonizador invadiu, saiu criando caminho de roça, que virou ruela e depois rua, após acordarem para a modernidade, resolveram planejar ruas e avenidas, mas tudo ficou meio que pelo caminho.
Santarém como outras cidades deste país, cresceu na base de invasões. O êxodo rural se encarregou de povoar a maioria das cidades deste Brasil avacalhado, Santarém está entre as piores em planejamento, porque só teve até hoje, um, ou dois bairros, pensados.
Agora chega uma empresa de fora, porque nós daqui, não temos coragem e nem competência para tal façanha, resolveu fazer uma extensão urbana planejada, como deve ser qualquer projeto de moradia digna na atualidade, aí aparece uns bobões barbados, umas freiras frustradas, tentando confundir o cidadão que quer ver Santarém crescer bonito.
Pior, encurralaram este magnífico projeto para um jogo já conhecido nosso, que é tudo ser resolvido neste país a base de liminar. Ou seja, os ecos chatos pressionam a justiça que embarga a obra, aí a empresa consegue uma liminar, continua, então outra instância cassa a liminar, até chegar lá no topo da Justiça, que autoriza, mas a desgraça já ta feita.
Porque um projeto que inicialmente começou por um custo ‘x’, ao terminar a guerra na justiça, os custos oneram absurdamente, e no final recai sobre o consumidor final que é o cidadão que sonhou morar na beira do Juá e não numa favela, mas numa casa descente, com água tratada, iluminação de qualidade, ruas e logradouros planejados.
Esse povo é tão sem noção que veja só o que escreveu o jornalista Jota Ninos, um dos cabeças do movimento, ao comentar um artigo de jornal: “E publicarei sua nota em meu blog. Informo ainda que hoje a noite (11/12), o Movimento em defesa ao Lago do Juá reúne-se numa das salas do Boulevard Hotel para discutir detalhes do ato público ABRAÇO AO JUÁ que realizaremos no dia 13/12.
Veja bem meus queridos leitores, onde eles foram se reunir, no Boulevard Hotel, num salão nobre, com ar refrigerado de dar tremelique, água gelada, cafezinho e som de primeira - por que não foram se reunir na beira do Juá, no sol quente, tomando água do lago e café feito na chiculateira? Como requer a cultura bestial natureba.
Porque não foram para a mata fechada no meio das formigas, fazer suas reuniões, já que a mata é sagrada e é uma maravilha, melhor que uma casa de alvenaria e uma central de ar ligada no toco? Para mim esse abraço ao Juá não passa de um abraço de afogados.
Afogados na prática de destoa absurdamente do discurso naturebista que só atrasa o nosso país e nosso povo.
Assinado: Nelson Vinencci, cantor, compositor, blogueiro, empresário e ingresilhento
Não costumo responder às "ingrisilhas" do amigo cantor e compositor Nelson Vinente. Admiro sua coragem de dizer coisas, às vezes, desconexas e não antenadas com outros músicos que como ele cantam e decantam as belezas dos recursos naturais da Amazônia. Mas acho que é preciso esclarecer algo sobre essa forma de detratar um movimento que nada tem a ver com seu visão deturpada sobre alguns fatos.
ResponderExcluirO Movimento em Defesa ao Juá surgiu nas redes sociais, a partir da indignação de alguns cidadãos, como eu, com uma série de irregularidades que permitiram que uma empresa envolvida em outros processos pelo Brasil (e liderada por empresários que tem relação com denúncia de extração ilegal de mogno na Amazônia) por causa de crimes ambientais idênticos ao do Juá, iniciassem um processo que parece irreversível de degradação ambiental naquela área.
Após a troca de informações nas redes sociais, lideranças de vários grupos sociais organizados de cunho popular e de profissionais liberais, e de artistas como Cristina Caetano, entre outros, resolveram marcar reuniões para discutir a realização de um ato público, que chamamos de "Abraço ao Juá".
Tanto as posturas do movimento quanto as "ingrisilhas" de Nelson são legítimas, dentro dos preceitos democráticos. Mas querer dizer que um movimento legítimo precisa "se reunir na beira do Juá, no sol quente, tomando água do lago e café feito na chiculateira", é no mínimo ridícula!
Nos reunimos no Hotel Boulevard em uma das salas onde funciona a Universidade Federal do Oeste do Pará - Ufopa, já que entre as entidades que participaram do movimento estão acadêmicos e professores daquela instituição, como o pró-reitor José Aquino. E a discussão de temas sociais que envolvem uma cidade como Santarém, fazem parte do conteúdo de discussões que podem e devem ser feitos em espaços universitários. Pela sua lógica, todos os debates que se realizam nesse tipo de ambiente estão errado. Acho que não é vergonha viver e conviver no meio acadêmico. Quem sabe um dia você queira experimentar, meu amigo.
Caro Nelson, o termo sociedade é bem difuso e envolve tanto as pessoas do povo quanto as das classes média (como eu e você e da classe alta. A utilização deste ou daquele espaço não diminui a intenção destas pessoas.
Você tem todo direito de discordar das ideias e defender o empreendimento como exemplo de organização e de progresso. Tem até o direito de sonhar em morar no loteamento da Buriti, como eu também tenho de não querer. Mas não tem o direito de destratar cidadãos que lutam pela preservação de recursos naturais que correm o risco de serem afetados por conta da chegada de grandes investimentos.
Sei que não vou mudar sua opinião e por isso não vou ficar batendo boca com você pelo Blog do JK. Apenas registro esse pequeno desabafo e reafirmo que o movimento continuará.
O local da reunião pode ser qualquer um. Até mesmo à beira do Juá. E desde já, sinta-se convidado para questionar as ideias.
Um forte abraço.
Apoiado em gênero, número e grau.. Eles querem que ali se instale outro Nova Vitoria, Ipanema??? E pode apostar como vários deles no final de toda essa esparvalhada toda vão querer um lote ali também. Eu já estou providenciando o meu... não quero pagar mais caro do que acordei.. então por favor deixem que não só o meu, mas que o sonho de várias pessoas seja realizado.
ResponderExcluirJota ontem recebi uma ligação da cantora e compositora Maria Lídia, ela colocou-se à disposição do Movimento, está conosco nessa.Vários artistas santarenos reconhecido pelo povo me ligaram, mandaram e-mails apoiando e oferecendo o seu talento em prol do desenvolvimento com planejamento. O cantor e compositor Nato Aguiar que não nasceu em Santarém mas adora esta cidade e demonstra não somente em suas letras, mas em sua atitudes também colocou-se à disposição do movimento. O cantor e compositor Eduardo Dias também está com a gente.
ResponderExcluirAbraço Jota Ninos! Gostei muito de sua atuação estes dias. Valeu!!!
A questão eh porque esse movimento não começou quando foi arrancada a primeira arvore, e todos ficaram de olhos fechados pois não acredito que o governo e o pessoal do movimento não viram a obra, e mais eh trabalhar agora para que a area que não foi desmatada seja conservada e feito uma barreira e que cada morador plante uma arvore na sua casa, nossa cidade ta crescendo e não tem como dizer que não e a nossa população tambem e pra isso é preciso de moradias, pois vendo por um ponto de vista o loteamento buruti é bem melhor que akelas casa do minha casa minha vida...podemos sim crescer e continuar com nossas prais e belezas naturais, mas não podemos ir contra o sonho de muitos de ter sua casa propia
ResponderExcluirAbraços
Marcos André