sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

JORNALISTA JOTA NINOS RESPONDE AO BLOGUEIRO NELSON VINENCCI

Não costumo responder às "ingrisilhas" do amigo cantor e compositor Nelson Vinente. Admiro sua coragem de dizer coisas, às vezes, desconexas e não antenadas com outros músicos que como ele cantam e decantam as belezas dos recursos naturais da Amazônia. Mas acho que é preciso esclarecer algo sobre essa forma de detratar um movimento que nada tem a ver com seu visão deturpada sobre alguns fatos.

O Movimento em Defesa ao Juá surgiu nas redes sociais, a partir da indignação de alguns cidadãos, como eu, com uma série de irregularidades que permitiram que uma empresa envolvida em outros processos pelo Brasil (e liderada por empresários que tem relação com denúncia de extração ilegal de mogno na Amazônia) por causa de crimes ambientais idênticos ao do Juá, iniciassem um processo que parece irreversível de degradação ambiental naquela área.

Após a troca de informações nas redes sociais, lideranças de vários grupos sociais organizados de cunho popular e de profissionais liberais, e de artistas como Cristina Caetano, entre outros, resolveram marcar reuniões para discutir a realização de um ato público, que chamamos de "Abraço ao Juá". 

Tanto as posturas do movimento quanto as "ingrisilhas" de Nelson são legítimas, dentro dos preceitos democráticos. Mas querer dizer que um movimento legítimo precisa "se reunir na beira do Juá, no sol quente, tomando água do lago e café feito na chiculateira", é no mínimo ridícula!

Nos reunimos no Hotel Boulevard em uma das salas onde funciona a Universidade Federal do Oeste do Pará - Ufopa, já que entre as entidades que participaram do movimento estão acadêmicos e professores daquela instituição, como o pró-reitor José Aquino. E a discussão de temas sociais que envolvem uma cidade como Santarém, fazem parte do conteúdo de discussões que podem e devem ser feitos em espaços universitários. Pela sua lógica, todos os debates que se realizam nesse tipo de ambiente estão errado. Acho que não é vergonha viver e conviver no meio acadêmico. Quem sabe um dia você queira experimentar, meu amigo.

Caro Nelson, o termo sociedade é bem difuso e envolve tanto as pessoas do povo quanto as das classes média (como eu e você e da classe alta. A utilização deste ou daquele espaço não diminui a intenção destas pessoas. 

Você tem todo direito de discordar das ideias e defender o empreendimento como exemplo de organização e de progresso. Tem até o direito de sonhar em morar no loteamento da Buriti, como eu também tenho de não querer. Mas não tem o direito de destratar cidadãos que lutam pela preservação de recursos naturais que correm o risco de serem afetados por conta da chegada de grandes investimentos.

Sei que não vou mudar sua opinião e por isso não vou ficar batendo boca com você pelo Blog do JK. Apenas registro esse pequeno desabafo e reafirmo que o movimento continuará. 

O local da reunião pode ser qualquer um. Até mesmo à beira do Juá. E desde já, sinta-se convidado para questionar as ideias. 

Um forte abraço.

Um comentário:

  1. Concordo contigo praticamente em tudo..... menos em 2 coisas: 1) nao entendo como vc perde tempo lendo o q esse sujeito escreve, e 2) nao entendo como vc perde tempo p responder a esse sujeito.

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