Com a conclusão do inquérito que apurou as circunstâncias da morte de Luane Campos, 5 anos, ocorrida em 16 de abril de 2012, após 17 dias de internação do Hospital Sagrada Família, finalmente os pais da menina, Ladilson Rego Campos e Luciane Vinholte Campos, saberão o que provocou o óbito de sua única filha. A exumação solicitada há dois meses, será realizada neste sábado, às 7h30. Logo no início do inquérito policial, surgiu à informação de um técnico em enfermagem teria aplicado óleo mineral na veia de Luane, o que poderia ter provocado a morte da criança.
“Vai ser um momento muito difícil. Eu e minha esposa temos consciência disso, mas precisamos saber o que fato causou a morte da nossa menina”, declara Ladilson.
Luane foi internada no dia 30 de março, após consulta particular com o médico otorrino Edgar Bueno, com otite. O médico prescreveu a medicação que deveria ser administrada à pequena paciente que após a internação passou a ser acompanhada pelo médico Rodrigo Chainni, do plano de saúde que assistia Luane.
Segundo os pais de Luane, Rodrigo Chainni trocou a medicação que havia sido prescrita por Edgar Buano e desde então, a menina teria apresentado um agravamento no quadro de saúde, reclamando de dores abdominais.
Ladilson e Luciane também reclamam que Rodrigo Chainni não deu a assistência devida a Luane, nem mesmo no dia em que a criança faleceu. O médico teria sido chamado várias vezes a comparecer ao hospital para ver a criança que precisava ser removida para um leito de UTI, mas não apareceu, sendo necessária a intervenção da médica Andréia Joy, que estava de plantão no Hospital Sagrada Família. Quando conseguiram a liberação de um leito de UTI, não houve mais tempo para transferir Luane que faleceu.
Os pais de Luane registraram boletim de ocorrência contra o médico Rodrigo Chainni a quem eles acusam de ter sido negligente. Também denunciaram o médico ao Conselho Regional de Medicina (CRM), que quase um ano após a morte de Luane, absolveu Rodrigo Chainni, por considerar que a conduta do profissional no atendimento à criança foi correta. Mas, Ladilson e Luciane vão recorrer ao CFM (Conselho federal de Medicina).
O inquérito policial que se arrastou por mais de um ano se transformou em processo criminal, recentemente.
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