segunda-feira, 4 de novembro de 2013

MENTIRA TEM PERNA CURTA. A CRIANÇA NÃO TEVE PAI. NEM LIRA MAIA, NEM ALEXANDRE VON E NEM POLÍTICO NENHUM. A MÃE DA SOLUÇÃO DE ENERGIA PARA SANTARÉM E REGIÃO SE CHAMA ELCIONE BARBALHO. VEJA O VÍDEO E COMPROVE

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A criança não teve pai. Nem Lira Maia, nem Antônio Rocha, nem Alexandre Von e nem político nenhum de Santarém e região. A mãe que conseguiu uma solução de energia aos santarenos e região oeste paraense se chama, Deputada Elcione Barbalho. 

veja o vídeo acima e leia abaixo:

O ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, informou, que já autorizou a implantação de uma usina termelétrica de emergência em Santarém para evitar novos apagões. No início do mês, o Diário divulgou com exclusividade matéria mostrando que um estudo realizado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aponta o risco de racionamento em pelo menos oito municípios da região oeste do Pará. Segundo o ministro, já está sendo providenciada também a compra de um transformador para solucionar o abastecimento de energia na região Nordeste do Pará, que também sofreu um apagão.

As usinas termelétricas são instalações industriais que geram energia a partir da formação de calor por combustão. Para isso é necessário utilizar algum tipo de combustível, no caso, o óleo diesel. Cidades brasileiras mais distantes, como Manaus, Porto Velho, entre outras ainda utilizam energia gerada por estas usinas que acabam por onerar o valor da tarifa por causa do alto preço do óleo diesel. Estas usinas são, normalmente poluidoras. O ministro Lobão não deu detalhes sobre o prazo para instalação da usina.

Ao receber em seu gabinete a deputada Elcione Barbalho (PMDB/PA), o ministro garantiu que o Ministério e demais órgãos responsáveis pelo abastecimento de energia estão procurando uma solução para os problemas de fornecimento para o Pará. Edson Lobão confirmou que vai receber, no próximo dia 12, os prefeitos de municípios afetados com o fornecimento.

A audiência do dia 12 foi solicitada pelo presidente da Federação das Associações de Municípios do Estado do Pará – Famep, Helder Barbalho. Helder pediu ao ministro que participem também deste encontro representantes do Operador nacional do Sistema (ONS), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Celpa e do programa Luz Para Todos.

“Estamos todos empenhados na busca de uma solução para este problema de abastecimento no Pará. O Helder (Barbalho) e os prefeitos da região já me cobraram o saneamento deste processo, que se arrasta desde o início da fase de dificuldades financeiras enfrentadas pela Celpa. O senador Jader (Barbalho) também me encaminhou requerimento pedindo explicações sobre a falta de abastecimento e consequente solução para o Pará como um todo”, informou o ministro.

O senador paraense foi quem deu o alerta sobre os graves prejuízos que o problema de racionamento de energia no oeste do Pará, se consumado, acarretará aos moradores da região. Jader enfatizou junto ao ministro Edison Lobão, a necessidade de se adotarem todas as providências possíveis para a solução do problema.

No requerimento dirigido ao MME, Jader faz referência ao estudo do ONS que teria detectado o problema, em decorrência do qual estariam hoje sob a ameaça de apagão elétrico pelo menos oito municípios. Num primeiro momento, segundo o estudo do ONS, seriam afetados Santarém, Belterra, Rurópolis e Itaituba, podendo chegar também a Brasil Novo, Placas, Medicilândia e Uruará, alcançando um contingente populacional próximo de 600 mil pessoas.

De acordo com o relatório do ONS, não foram feitos investimentos para reforçar o sistema de transmissão na região Oeste. Este reforço deveria ter sido feito antes do início das obras de construção da hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira.

A matéria sobre o relatório, divulgada pelo Diário, revela que ocorreu expressiva elevação do consumo de energia na região por causa da construção da Usina e pela chegada de mais de 50 mil pessoas ligadas direta ou indiretamente com a obra. Como não houve o reforço, o sistema entrou em progressivo desequilíbrio e se encontra hoje gravemente desbalanceado, segundo definição dada pelos especialistas no setor, que advertem para a possibilidade de blecautes e oscilações de carga.

Ainda segundo a reportagem, este teria sido o motivo que provocou uma pane geral nos equipamentos do Hospital Regional de Santarém recentemente.

Ontem, na reunião com o ministro Edson Lobão, a deputada Elcione Barbalho alertou para o prejuízo social que o desabastecimento pode causar nas regiões mais afetadas. “Considero uma enorme irresponsabilidade dos dirigentes do setor elétrico nacional deixar a população do Pará á míngua. Imaginem, somos nós, os paraenses, que ajudamos o Brasil a ter energia elétrica segura, permitindo assim o crescimento da economia do país. Olhamos para os fios passando sobre nossas cabeças, levando energia para os demais brasileiros, enquanto em nossas casas ainda vivemos como na pré-história, á luz de vela. Chega de explorar nosso povo, nossa terra sem que a população paraense tenha o retorno em forma de desenvolvimento”, vaticinou Elcione.

A expectativa entre os prefeitos que vão participar do encontro com o ministro e com os responsáveis pelo abastecimento de energia no Brasil é grande. Durante a semana passada pelo menos 300 mil moradores da região Nordeste ficaram sem energia por mais de cinco dias. As cidades de Acará, Bujaru, Concórdia do Pará, Tomé-Açu, São Domingos do Capim, Aurora do Pará, Irituia e Mãe do Rio ficaram com o fornecimento de energia prejudicado desde segunda-feira, dia 21, quando houve a queima de um transformador na subestação de Mãe do Rio, na Belém-Brasília e distante de Belém 185 quilômetros.

O presidente da Famep, Helder Barbalho ressaltou que é necessário que o governo federal esclareça sobre o abastecimento de energia no Pará. “É um problema sério que prejudica diretamente o crescimento das cidades em uma região que tem em seu território a construção de uma das maiores hidrelétricas do mundo, que é Belo Monte”, lembrou Helder. Ele ressaltou ainda que em 2015 o governo federal vai iniciar a construção do Complexo do Tapajós. “Imaginem, o Pará será o estado com o maior volume de energia gerada. Como é que pode nosso estado viabilizar a energia necessária para o Brasil e não estarmos na agenda de desenvolvimento do governo federal para nosso próprio abastecimento?”, questiona.

Helder lembrou também que as obras do Linhão de Tucuruí estão avançadas para levar energia para Macapá e Manaus e, no entanto, o governo federal não fala em prazo para fazer o rebaixamento da energia, que vai permitir que o Linhão também beneficie a população paraense.

“Chega desta postura absolutamente de leniência do Estado do Pará com relação à agenda energética. Nós também exigimos estar na pauta prioritária de desenvolvimento de um setor tão estratégico para o país”, destaca. Para Helder Barbalho, falta ao Estado do Pará fazer uma pauta de exigências prévias, antes da instalação de qualquer novo empreendimento no território do estado. “É impressionante que o Pará não consiga apresentar ao Brasil sua pauta de exigências prévias para a autorização de projetos que são convenientes para o país. Neste momento não se discute a conveniência do Pará. Resolvemos o problema dos outros, mas os nossos problemas não são resolvidos. Somos auto-suficientes em geração e não somos no abastecimento. Nossa demanda de energia é alta. Não podemos permitir um absurdo desses”, conclui o presidente da Famep.

Luiza Mello
Jornalista Diário do Pará - Sucursal Brasília

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