APÓS OFENDER ADVOGADO. DESACATAR JUÍZA. E CHAMAR OAB DE MERDA. DELEGADO MAL CRIADO É AFASTADO

Delegado de polícia Vinicius Sousa Dias

O delegado de polícia Vinicius Sousa Dias, ex-delegado de polícia de Porto de Moz, foi afastado após ofender o Advogado Dr. Ivonaldo de Alencar Alves Júnior e dizer que a Ordem dos Advogados do Brasil e merda seria a mesma coisa para ele.

Não satisfeito, o delegado ainda desacatou ordem da juíza Drª. Fernanda Azevedo Lucena, ao qual pediu que o mesmo procedesse no exame de corpo de delito dos presos.

O caso teve início após denúncias de torturas aos presos no dia 30 de março de 2013, que encontravam provisoriamente naquela delegacia.

Advogado Ivonaldo Alves

Após as denúncias feitas por familiares dos presos ao representante da OAB, a Juíza e ao Ministério Público, o qual, o representante comunicou imediatamente ao Presidente da Subseção de Altamira, Dr. Joaquim Freitas Neto e ao Presidente Estadual Dr. Jarbas Vasconcelos, o qual orientaram para que o mesmo fosse até a delegacia fazer uma visita carcerária e solicitasse informações a respeito do caso ao delegado.

Ao chegar à delegacia, o advogado deparou-se com a presença da juíza, que ali estava esperando pelo delegado, com o mesmo objetivo, saber informações de denúncias de tortura aos presos provisórios.

Enquanto o delegado não chegava, a juíza e o advogado, juntamente com uma servidora do Ministério Público e do Judiciário, foram até a ala dos presos, onde por estes, foram mostradas as marcas da tortura e informam que haviam sido espancado sem saberem o motivo, tendo alguns dos 16 presos espancados, sido colocado em formigueiros, sem contar que entre os 16 presos, tinha um menor de idade presos sem procedimento, e que foi liberado no dia seguinte.

Depois de algum tempo de espera pelo delegado, mesmo já sabendo que ali estavam lhe esperando o representante da OAB e Juíza, o mesmo só apareceu após a juíza ligar para seus superiores.

Com a chegada do delegado, este foi questionado pela Juíza da Comarca e pelo advogado representante da OAB, sobre as denúncias de tortura e se o mesmo já tinha providenciado o exame de corpo de delito dos presos, visto que deveria ser um ato de oficio, vindo a autoridade policial, de forma desequilibrada e grosseira, dizer que ele era tão autoridade quanto a juíza e que ela não interferisse no trabalho do mesmo, dizendo ainda, que só iria fazer o exame quando bem entendesse, no mesmo momento.

Na oportunidade, o representante falou já tinha dado conhecimento ao Presidente da OAB/PA Dr. Jarbas Vasconcelos e ao Presidente da Subseção de Altamira, Dr. Joaquim Freitas, vindo o delegado novamente, de forma desequilibrada e estúpida, dizer que tanto o advogado, quanto a Ordem dos Advogados do Brasil e merda, para ele era a mesma coisa, oportunidade que o representante da Ordem naquele município, impôs-se pedindo respeito a ele e à Instituição OAB, e informou que iria lhe representar diante do caso, vindo novamente o delegado dizer que se ele fizesse isso seria uma grande favor que faria.

O caso foi imediatamente comunicado através da Juíza e do advogado, ao Ministério Público, ao Secretário de Estado de Segurança Pública, ao Delegado Geral de Polícia Militar, ao Tribunal de Justiça do Pará, e a Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Pará e Subseção de Altamira.

Após estes fatos, o delegado foi imediatamente afastado, bem como, no dia seguinte, o Corregedor do Interior Dr. Cristino Sanches, foi até a cidade de Porto de Moz e tomou o depoimento dos presos, da juíza, do representante da OAB na cidade, bem como de familiares dos presos, onde também procedeu no exame de corpo de delito nos presos espancados.

Fonte: RG 15\O Impacto