sexta-feira, 23 de maio de 2014

ISSO PODE ARNALDO? DENUNCIADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO POR SUSPEITA DE FRAUDE. EX-DIRETORA DA SESPA CLÁUDIA LIMA É GRATIFICADA COM CARGO NO TCE

Claudia Lima foi premiada pelo TCE, depois de ser afastada por desmandos da SESPA em Santarém.

Cláudia de Lima Conceição, que era diretora do departamento financeiro do 9º CRS/Sespa, é ré em Ação Civil Pública da 9ª Promotoria de Justiça de Direitos Constitucionais, que tramita na 8ª Vara Cível da Comarca de Santarém. No dia 25 de abril, o juiz Marcelo Vasconcelos, da 8ª Vara Cível da Comarca de Santarém, atendendo pedido de liminar do MP, bloqueou os bens da ex-servidora da Sespa que acaba de ser nomeada para trabalhar na unidade regional que TCE (Tribunal de Contas do Estado) inaugura esta quinta-feira (21), em Santarém.

Cláudia, foi exonerada pelo secretário de saúde do estado Hélio Franco depois de ser acusada pelo MP, de junto com mais cinco servidores, ter concorrido para a prática “de atos que importaram em lesão aos cofres públicos, maltrato aos princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade da administração pública, e enriquecimento ilícito”, uma vez que tinha conhecimento da existência de cinco funcionários fantasmas na folha de pagamento do 9º CRS, e ainda assim permitia a assinatura de frequências para que recebessem salários entre R$ 1.326, 83 e R$ 4.719,54, sem trabalhar.

Questionado sobre tal nomeação, o presidente do TCE Cipriano Sabino disse que foi informado na manhã de ontem sobre a existência da abertura de Ação Civil Pública contra Cláudia, e que já havia solicitado um levantamento sobre a real situação da ex-servidora da Sespa dentro do processo que apura indício de fraudes no 9º CRS.

Cipriano garantiu que se for necessário, Cláudia será afastada para responder o processo. E se ficar comprovada sua inocência ela poderá retornar ao cargo para o qual foi nomeada.

“O que não pode é a gente condenar uma pessoa antes que o devido processo legal seja concluído. Todos têm direito à defesa. Não é porque que se acusa alguém que essa pessoa é culpada. Mas, vamos levantar as informações sobre o andamento do processo, saber se a servidora nomeada precisa se afastar e havendo indício de envolvimento em ato ilícito haverá exoneração. No TCE, na minha gestão, não há nenhum servidor envolvido em processo e vamos zelar para que continue assim”, assegurou Cipriano Sabino.

Por Silvia Vieira, jornalista em Santarém

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