Se o governo não se manifestar a classe pode decidir pela paralisação. Uma nova assembleia foi
marcada para quarta-feira (9).
A categoria decidiu aguardar 48 horas para que o governo municipal cumpra os acordos feitos com o sindicato. A decisão foi tomada na manhã desta segunda-feira (7), na sede do Sindicato dos Profissionais de Educação de Santarém (Sinprosan), em reunião com professores, alunos e diretores da rede municipal de ensino de Santarém, oeste do Pará.
A classe reivindica reposição de perdas salariais, melhorias nas estruturas das escolas municipais e contratação de professores de educação física para turmas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental.
Após a reunião, os manifestantes seguiram a pé até a prefeitura municipal, onde se encontram com os alunos da escola Helena Lisboa de Matos. Eles saíram da sala de aula para também reivindicar melhorias na educação.
Professores que recebiam R$ 2.300,00 estão recebendo cerca de R$ 1.800,00. Diretores de escolas e coordenadores das Unidades de Educação Infantil (UMEI) tiveram redução de quase R$ 2 mil em seus salários. Professores de educação física do 1º ao 5º ano foram demitidos.
Segundo a coordenadora de UMEI, Naiara Silva, a classe está lutando para que não haja retrocesso. “Nós estamos lutando para que se mantenha o que nós já conseguimos com as lutas. Estamos dizendo não ao retrocesso”, disse.
Segundo a estudante Letícia Silva, há seis anos a quadra da escola segue sem conclusão, e os alunos estudam em lugares impróprios. “A nossa quadra já era pra estar pronta há seis anos. Ela está em estado precário. A gente tá tendo aula de educação física em lugares inadequados”, contou.
Segundo o estudante Daniel da Costa, os alunos estão tendo dificuldade no ensino por conta das precárias condições da escola. “Estamos com dificuldade na aprendizagem. Os ventiladores não prestam, as lâmpadas não prestam. A situação está precária. Viemos pra cá tentar arrumar essa situação porque não está dando mais”, desabafou.
Desde o mês de fevereiro, quando foram feitos os cortes, que a categoria busca um acordo com o governo. Várias reuniões já foram realizadas, mas segundo o Sinprosan, o governo se mantém inerte.
Segundo o presidente do Sinprosan, Josafá Gonçalves, se o governo não se manifestar em 48 horas a contar da manhã desta segunda-feira, a classe vai decidir pela paralisação. “Estamos aqui para dialogar e chegarmos a um entendimento como fizemos com os governos anteriores. Se caso não avançar, nós vamos parar”, finalizou.
JK com informações do G1
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