quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

DIVULGADO O RETRATO FALADO DO SUSPEITO DE MATAR SINDICALISTA EM RURÓPOLIS

Retrato falado do suspeito foi divulgado nesta quarta-feira

A Polícia Civil divulgou nesta quarta-feira (19), o retrato falado do homem suspeito de matar o sindicalista Gilson Maria Temponi, morto no último dia 15, no município de Rurópolis, no sudoeste do Pará. A vítima era líder ruralista na cidade de Placas, na Transamazônica, e vinha sofrendo ameaças de morte. As investigações para apurar o assassinato estão em curso, mas ninguém ainda foi preso. A polícia trabalha com a hipótese de o crime ter sido cometido por causa de disputa de terra naquela região.

Qualquer informação poderá ser repassada pelo telefone 181, ou em qualquer Delegacia de Policia.

A vítima era conhecida como Mineiro, tinha 43 anos e foi atingido a tiros no portão de sua residência, por volta das 8h. Dois homens suspeitos do crime conseguiram fugir.

A família informou que a vítima vinha sofrendo ameaças. Há cerca de um ano, ele se mudou do município de Placas para Rurópolis, temendo pela vida da família.

A Secretaria de Segurança Pública (Segup) disse que foi aberto um inquérito na delegacia do município para apurar o caso e uma testemunha ocular já foi ouvida. O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou sobre o crime informando que já havia solicitado intervenção policial e investigações sobre os conflitos agrários da região.

Segundo nota do Ministério Público Federal (MPF) divulgada na segunda-feira (17), o órgão já havia solicitado intervenção policial e investigações sobre os conflitos agrários e ambientais que ocorriam na região dos Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS) no município,

De acordo com o MPF, em agosto de 2018, após reunião com os trabalhadores rurais, o MPF enviou ofícios à Polícia Civil em Placas e à Polícia Militar em Rurópolis para que efetuassem investigações sobre possível confronto na região. A atuação do MPF no caso foi iniciada em 2017, após denúncias da presença de grileiros e desmatadores nas áreas de três PDS, Castanheira, Airton Faleiro e Avelino Ribeiro.

Em julho de 2017, dentro do procedimento que apurava crimes ambientais, o órgão enviou recomendação ao Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e à Polícia Federal para investigação das denúncias de invasão, retirada ilegal de madeira e para solução das questões fundiárias. A Polícia Federal abriu inquérito sobre o caso, mas o Incra não tomou nenhuma providência.

Os projetos estão incluídos na lista de dezenas de assentamentos irregulares que foram suspensos por ordem da Justiça Federal em 2007, mas as terras sempre foram públicas e isso obriga o Incra a atuar contra a grilagem de terras, independente da situação jurídica dos assentamentos. A partir de outubro de 2018, um acordo judicial entre o Incra e o MPF permite a regularização fundiária das áreas, a partir da comprovação de regularidade ambiental.

O crime

Gilson Maria Temponi era líder de assentamentos em Placas, na região da Transamazônica. Conhecido como Mineiro, de 46 anos, ele foi atingido a tiros no portão de casa. Dois homens suspeitos do crime conseguiram fugir.

A esposa também disse que Gilson ainda conseguiu fechar o portão, entrar em casa e pedir ajuda, mas desmaiou nos braços dela. Vizinhos ouviram pedidos de socorro e levaram a vítima ao hospital da cidade, onde morreu pouco tempo depois.

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