Março Rosa combate violência doméstica no Pará
No próximo dia 9, sábado, a Polícia Civil do Pará vai deflagrar a operação ‘Março com Rosas’, cujo principal objetivo é o enfrentamento à violência doméstica contra a mulher em todo o estado. Diante de números tão alarmantes, a Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), vai mobilizar todas as Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs), da capital ao interior. A mobilização é para combater as violações dos direitos das mulheres e em prol da punição dos agressores. Será também uma forma de comemorar o Dia Internacional da Mulher celebrado em 8 de março. A meta da operação, explica a delegada Priscila Morgado, diretora de atendimento a grupos vulneráveis da Polícia Civil, é responsabilizar criminalmente 700 suspeitos de crimes relacionados à violência doméstica e familiar contra mulheres no Pará.
Aqui em Santarém, a delegada Andreza Alves, titular da DEAM, vai comandar a operação juntamente com sua equipe de delegados, investigadores e escrivães. As ações da Especializada no município foram elogiadas recentemente pelo delegado José Humberto de Melo Junior, titular da Diretoria de Polícia do Interior (DPI), quando esteve na cidade para avaliar o trabalho da polícia na região.
Os números de prisões acentuam o bom trabalho desenvolvido pela DEAM em Santarém. No ano passado foram 98 prisões em flagrantes por crimes de violência doméstica. O recorde ficou por conta das medidas protetivas geradas em 2018. Foram mais 1.300 ocorrências. Este ano, apenas em janeiro, esse número chegou a 131.
A ação será realizada a partir de um grande mutirão realizado em todas as DEAMs com o objetivo de dar celeridade aos registros de ocorrências realizados no Pará. Além de punir os agressores de mulheres, ressalta a delegada, a operação vai contar com atividades educativas, como palestras e orientações, que serão levadas, durante todo o mês de março, pelas delegadas titulares das DEAMs da capital, região metropolitana e interior paraense, como forma de informar às mulheres seus direitos. "O silêncio, seja ele das mulheres, da sociedade ou das instituições, é o maior cúmplice da violência", ressalta a delegada Priscila Morgado.
A programação terá início, no próximo dia 9, quando as DEAMs do interior paraense começarão, de forma simultânea, um mutirão para dar andamento aos inquéritos policiais de violência doméstica e familiar. Até o final da programação, a meta será ter finalizado e encaminhado 700 inquéritos de violência doméstica e familiar para a Justiça do Estado.
A delegada destaca que, ações como essa, ajudam a combater a impunidade no Estado e a evitar que crimes mais graves possam vir a ocorrer com as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, entre os quais, o feminicídio (assassinato da mulher por sua condição feminina). “A violência (contra a mulher) se inicia com injúrias, ameaças e lesões corporais. Nosso intuito é incentivar essa mulher (vítima da violência) a procurar a Delegacia e registrar a ocorrência, enquanto a agressão é considerada leve, para que no futuro ela não seja vítima de feminicídio”, reforça a delegada.
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