Deu no Bocão do Jornal O Impacto

ESCÂNDALO

Chegou à minha mesa o possível caminho das irregularidades em algumas Secretarias da Prefeitura Municipal de Santarém e para alertar os Ministérios Públicos Estadual e Federal, bem como as Receitas Federal e Estadual, chequem as Notas Fiscais das empresas que prestam serviços e fornecem produtos à Prefeitura Municipal de Santarém. Pelos documentos, o enriquecimento ilícito é muito grande. Passamos ao nosso departamento de investigação técnica para apurar os possíveis desvios de dinheiro público na Prefeitura de Santarém. Caso seja confirmado, daremos sugestões de como iniciar a investigação.

ARMAÇÃO

Comenta-se que o super secretário Everaldo Martins não está transferindo os recursos para a Secretaria de Saúde para forçar o pedido de demissão de José Antônio Rocha. Se isso for verdade, é sacanagem, já que está prejudicando o povo. Se o PT quer a Secretaria de Saúde, tem que abrir o jogo com o PMDB, mas usar métodos para prejudicar o secretário e vice-prefeito José Antonio é baixaria, visto que José Antonio já provou que sabe administrar. Exemplo foi quando esteve à frente da Secretaria de Transporte. Everaldo e Maria não deveriam queimar José Antonio, que vem acumulando prejuízos na sua imagem, por falta de dinheiro em sua Secretaria, enquanto a culpa não é sua, já que os recursos dependem de Maria e Everaldo.

PEGOU MAL

Pegou mal a declaração da prefeita Maria do Carmo atacando os outros prefeitos pelos estragos das ruas de Santarém, para se defender. É uma vergonha, ela tem que fazer a parte dela e esquecer o que aconteceu 6 anos atrás. Ela tinha o governo Lula e Ana Júlia à sua disposição e nada fez. Agora tem Dilma e nada. Ela tem que prestar contas do dinheiro público ou então mandar seus secretários abrirem o sigilo fiscal, bancário e o laranjal.

MICRO ÔNIBUS I

O micro ônibus de placas JTS 1832, de cor branca, que transporta crianças para as escolas, quase causa um acidente no sábado, dia 30.04, próximo à Prefeitura. O motorista irresponsável saiu do posto de combustível direto para a pista e um outro veículo que vinha na pista teve que frear bruscamente pela irresponsabilidade do motorista. A empresa proprietária do micro ônibus deve chamar o motorista e adverti-lo, para evitar acidente. Os pais devem ter cuidado deixando seus filhos na responsabilidade desse motorista irresponsável.

MICRO ÔNIBUS II

Esse veículo, segundo tomei conhecimento, já possui duas infrações e está com o licenciamento atrasado. A procedência é importada. A Secretaria Municipal de Transporte deve submeter os motoristas a um curso intensivo para ensiná-los a ocupar melhor a extensão da via. O órgão gestor de trânsito municipal deveria fiscalizar essa circulação e punir os motoristas folgados (distraídos). E fiscalizar para saber a procedência dos veículos, bem como se estão com documentos atrasados.

ANO PERDIDO I

Quem ouviu a prefeita Maria do Carmo ao assumir o cargo resgatado por decisão do STF, em solenidade de entrega de faixa, depois de ser empossada, realizada exatamente no dia 12 de junho de 2009 em frente ao prédio do Palácio Jarbas Passarinho, custa acreditar que era a mesma pessoa que estava falando a uma emissora de rádio recentemente, afirmando que o ano de 2009 foi perdido para Santarém. É como se estivesse dizendo que a cidade ficou sem comando, inclusive dela, por ter sido responsável por mais de meio ano.

ANO PERDIDO II

Não é difícil lembrar a cena de emoção da Prefeita dizendo, através dos meios de comunicação e mídias sociais, que transcreveram na época, trechos do pronunciamento da Prefeita dito a José Maria Tapajós: “Eu disse ao Zé Maria, cuide bem da Prefeitura pra mim. Eu vou, mas volto e ele cuidou”. Em outro trecho a uma emissora de TV, a Prefeita lançou outra frase que aqui transcrevemos: “Hoje é aquela posse que infelizmente eu não pude ter no dia primeiro de janeiro, mas eu espero e tenho certeza que eu vou trabalhar nesses três anos e meio que faltam, tudo que a gente se comprometeu a fazer durante os quatro anos. Eu estou muito confiante”, disse a Prefeita. José Maria retribuiu a gentileza da Prefeita dizendo: “José Maria cuidou até agora e entrega a Prefeitura a Maria e José”. Essas frases foram ditas e ouvidas, na posse de Maria do Carmo. Tem muita gente que lembra disso, até porque estamos falando de um passado não tão distante. As declarações da Prefeita em nova versão, foram recheadas de desabafo, diante das críticas que vem recebendo por sua administração no segundo mandato.

ANO PERDIDO III

Não é de se estranhar a reação de José Maria Tapajós, que recebeu a solidariedade pelo menos dos vereadores de oposição. A subserviência de alguns edis, não deixou que estes acompanhassem o coro da solidariedade dos seus pares, no mesmo tom. José Maria Tapajós, que é sempre comedido em suas palavras, desta vez não deixou por menos. Entre alguns trechos do seu pronunciamento da tribuna da Câmara, mandou alguns petardos: “Não foi perdido, porque tinha Prefeito, momento em que estávamos no governo, trabalhando e os projetos todos em curso fluíram, os que foram executados foram entregues à sociedade, os que não foram possíveis concluir, continuaram fluindo”, assegurou Tapajós. “A Prefeita sim, ela perdeu o primeiro semestre procurando cuidar da sua vida jurídica, para retornar à Prefeitura de Santarém. Quanto ao Município, procuramos fazer de tudo para que pudéssemos dar a municipalidade, aos munícipes santarenos, a tranqüilidade, a certeza e a segurança de que tínhamos Prefeito na cidade”.

ANO PERDIDO IV

Mesmo que Tapajós tenha dado o caso por encerrado, existe um fator determinante na contradição da Prefeita. O Compilamento coloca os representante dos dois poderes municipais, que em tese são armônicos e independentes. Pelo menos se não são, deveriam ser. Até que ponto não estaríamos diante de uma retaliação entre os poderes constituídos do Município? Será uma pena se isso acontecer. Do contrário, o espírito público demonstrado pelos integrantes dos representantes dos poderes Executivo e Legislativo ao assumirem suas funções, seria inócuo.

PRIANTE

O deputado José Priante parece estar desinteressado em trazer benefícios para a região Oeste do Pará, onde já lhe rendeu muitos votos. Priante tem se mostrado distante da região Oeste que sempre o prestigiou como seu representante. Deputado, faça pelo outros, mas faça também por nós. As obras como a orla, o viaduto em Santarém, e o Tribódromo em Juruti, não podem servir como referência tão permanente a ponto de validar sua atuação, em mandatos seguintes. Fiquei sabendo que por sua interferência, 11 município da região da Transamazônica serão beneficiados com nada menos que 2,8 milhões de litros de diesel, que serão usados para a recuperação de ramais.O mimo é do Consórcio Norte Emergia, responsável pela construção de Belo Monte. A história se repete. Quando um grande projeto é instalado nesta região, os responsáveis pela obra dão um cala boca básico nas comunidades do entorno. Mas isso só durante a construção. Vejam o exemplo de Juruti, quando a ALCOA implantou o projeto ACTION, que praticamente sucumbiu tão logo as obras de implantação foram finalizadas. As ações de hoje, nem de longe lembram os investimentos sociais, da empresa, para parecer e apenas parecer estar solidária com a população local.

BERLINDA I

O governador Simão Jatene, ao instalar em Santarém o seu governo itinerante, durante os festejos do aniversário de elevação à categoria de cidade, vai ficar na berlinda, para responder à imprensa local o porquê dos valores subestimados por ele para Santarém, pela Lei 7.508 de 20 de abril de 2011. A lei estabelece valores a serem financiados pela Caixa Econômica para os investimentos do PAC na contra partida do Estado.

BERLINDA II

O Governador será inquirido a dar explicações de quais critérios usou para destinar por exemplo: R$ 2.190 milhões para Santarém, quando Monte Alegre foi aquinhoada com R$ 2 milhões. O caso mais discrepante foi o de Castanhal, terra natal do Governador, R$ 24.8 milhões, valor superior mais de 10 vezes o destinado para Santarém. Sem falar que algumas cidades importantes do Oeste paraense que nem sequer foram lembradas como Óbidos, Alenquer e Juruti. É aguardar pra ver. Quem sabe ele não convence os santarenos que confiaram nele dando-lhe mais de 90 mil votos na última eleição. Pra ele, isso deve ser fácil.

DIFERENÇA I

Sabe qual é a diferença entre Inácio Correa e Alba Valéria? Quase nada, não fosse por um detalhe: Alba Valéria tinha e acredito que ainda tem verdadeira aversão à imprensa. Isso porque ela não tem ou pelo menos nunca demonstrou ter pretensão política. Desgastada na Seminf, pediu para sair. Inácio, como precisa estar na mídia, não se deixa ser substituído por Everaldo Martins Filho, que aparece falando não apenas em nome de sua pasta, mas de todas as outras, onde os secretários ou não querem se expor, ou não tem tamanho desplante de defender o indefensável como o Everaldinho, mesmo sabendo que seus argumentos estão longe de serem convincentes.

DIFERENÇA II

Inácio aproveitou os estragos feitos pelas chuvas para aparecer, anunciando medidas paliativas que levam literalmente pelo ralo, ou seriam pelo esgoto, os recursos aplicados de forma incorreta, para apenas atenuar situações emergenciais, que precisam de muito mais que isso. Pelo menos já se passou mais de um mês da demissão de Valéria, e as coisas podem estar diferentes sim, mas pra pior, com o agravamento do sistema viário. A cheia já começou a invadir alguns trechos da Avenida Tapajós. Como não sou político e nem pretendo ser, torço para que as coisas mudem pra melhor, mesmo que para isso tenha que acreditar desacreditando, pois os fatos estão aí e não são meras especulações.

Por Emanuel Rocha