Sereia de Alter do Chão
O céu de um azul vívido,
As nuvens, garças voando...
Do rio Tapajós tufos de água
Destacam-se das maresias...
Não é mergulho de boto
Nem brincadeira de Iara.
É uma nadadeira possante
Brilhante à luz do sol, ofuscante
Como diamante, lustrosa tal
As plumas do colibri,
Bela e ígnea como o girassol!
De súbito, emerge das águas
Azuis-esverdeadas linda sereia
E se esparrama na branca areia
Das cercanias de Alter do Chão.
Transmuta suas rútilas nadadeiras
Em torneadas pernas humanas...
Suas verdes escamas tornam-se
Biquíni suavemente florido
Que cobre sua intimidade...
Verdade! Ela desfilou na praia!
Olhou-me e sorriu...
Ninguém a viu só eu e a natura...
Fiquei encantado! Aturdido! Desnorteado!
Ela aproximou-se de uma árvore
Subiu-a e sentou-se em um dos seus galhos.
Mesmo estupefato tive a feliz ideia
De fotografá-la... e posso mostrá-la...
A quem duvide do meu conto.
Eis aqui a sereia de Alter do Chão!
Penso, às vezes, que tudo só foi um sonho,
Mas, esta foto me convence que não!
Paulo Paixão o Poeta do Tapajós
Nenhum comentário:
Postar um comentário