quarta-feira, 28 de março de 2012

ANADIÔMENA: LEIA ESSA POESIA FEITA PELO POETA DO TAPAJÓS

Anadiômena

Estava sentado sobre a branca areia.
O rio descia vadio pras bandas do nascente...
De repente, as águas se agitam e bem rente
A mim, a um passo do baixio, do rio emerge 
Anadiômena, uma deusa de excelsa beleza,
Verdadeiro prodígio da Mãe Natureza, que 
Deixou-me mudo, confuso, atônito, incrédulo,
Trêmulo, grogue, aparvalhado...
Alta, loura, nua, crua da cabeça aos pés,
De lábios ígneos e pele veludínea; curvas
Sensuais como vulvas e seios como uvas
Orvalhadas... Olhos cor de mel ou como o cristal
De citrino; linda, inda jovem, talvez, virginal...
Aproximou-se de mim e beijou-me suavemente...
Docemente nos lábios... Tepidamente, língua
Com língua... Que frescor! Olor de framboesa!
O amor é a essência da pureza e Anadiômena,
Essência da beleza! Mas... Surpresa!
Estivera a sonhar deitado na grama junto a um
Pé de framboesa, quando minha amada chegou 
E me acordou com beijos suaves nos lábios.
Doces beijos de princesa!

Paulo Paixão, o poeta do Tapajós

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