Empresária passará pela segunda cirurgia na tarde de hoje na UNIMED em Santarém
É considerado grave o estado de saúde da empresária santarena que passou por uma cirurgia para a implantação de próteses de silicone nos seios. A cirurgia ocorreu no último dia 19 de outubro, em uma clínica na cidade de Margarita. A paciente retornou para Santarém e foi imediatamente internada em um hospital da cidade, onde passaria por nova cirurgia, desta vez, porém, para a retirada da prótese. Contudo, devido o quadro de infecção hospitalar ter se agravado por conta de uma bactéria contraída na sala de cirurgia da clínica venezuelana, a situação da santarena tornou-se bastante delicada.
A família vive dias de muita angústia, já que o risco de morte é iminente. Ela está passando por um novo procedimento para retirar as próteses que causaram lesões seríssimas nas mamas da paciente. As imagens encaminhadas ao Blog mostram feridas nos mamilos e nas áreas para a colocação do silicone, acentuando a grave infecção. As imagens mostram ainda que os seios estão bastante inchados.
O problema pode ter ocorrido devido à má qualidade do material usado. Especialistas alertam que o implante de próteses de silicone nos seios, geralmente, apresenta outros pontos que requer muita atenção dos médicos e também pelos pacientes. As precauções são necessárias e começam na escolha do médico e da clínica. Mas a maioria das mulheres ignoram essas orientações. Médicos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica alertam que a assepsia correta e o uso preventivo de antibióticos, reduzem as chances de infecção após a cirurgia.
Após a publicação da matéria no blog do JK, a médica responsável pela cirurgia emitiu uma nota esclarecendo alguns fatos.
Uma santarena, que terá sua identidade preservada a pedido da família, está em estado delicado de saúde após passar por um procedimento cirúrgico para a implantação de próteses de silicone nos seios. A cirurgia ocorreu no último dia 19 de outubro, em uma clínica na cidade de Margarita. No sábado (27), a paciente voltou para o Brasil, apresentando problemas por conta das complicações do pós-cirúrgico. A família da mulher está aguardando o laudo médico para registrar uma denúncia na polícia contra os responsáveis pela operação.
A vítima sofreu infecção hospitalar, que afetaram ambos os seios, deixando-os totalmente deformados, apresentando inchaços e ferimentos nos mamilos. As imagens são chocantes e revelam a gravidade do estado de saúde da santarena, que será submetida a uma nova cirurgia, desta vez em um hospital de Santarém, para reparar o procedimento feito na Venezuela.
De acordo com informações repassadas ao Blog do JK, a santarena teria negociado com uma mulher para fazer a cirurgia plástica de abdominoplastia e colocação de próteses nos seios no país vizinho. Ela teria pago R$ 10 para a agenciadora, que assumiu a responsabilidade tanto pela operação médica quanto a estadia na Venezuela. Ocorre que lá chegando, a história foi totalmente diferente do que foi acertado no Brasil.
A moça, após ser internada na clínica e passar pelo procedimento cirúrgico, foi abandonada à própria sorte em um quarto de hotel, sem nenhum tipo de acompanhamento médico ou cuidados necessários em casos dessa natureza.
Ainda de acordo com essas informações, existe uma pessoa em Santarém que estaria negociando com mulheres santarenas para fazerem esse tipo de cirurgia no país venezuelano.
No mês passado, foi registrada mais uma morte de brasileira na Venezuela, durante cirurgia plástica. O caso despertou a atenção de autoridades e profissionais dos estados de Roraima e Amazonas, que estão se mobilizando para tentar coibir a prática de agenciadoras que aliciam mulheres com a promessa do “corpo perfeito” a um preço bem abaixo do que é cobrado no Brasil.
As agenciadoras chegam a cobrar de R$ 6.000,00 a R$ 10.000,00, dependendo do procedimento. O valor inclui o translado e pagamento das auxiliares de enfermagem após a cirurgia. Mas não foi o caso da santarena, que foi largada em um hotel.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) já tomou ciência desses casos e está adotando medidas legais, solicitando, sobretudo das autoridades brasileiras, rigor nas fiscalizações na fronteira para identificar as possíveis agenciadoras.
JK
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